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EXPEDIÇÃO PACHAMAMA – NOROESTE DA ARGENTINA E DESERTO DO ATACAMA, NO CHILE – dezembro 2005 e janeiro 2006. 9.300km – 25 dias

De Foz do Iguaçu, fomos passar o Natal e curtir as termas, na cidade Rio Hondo, perto de San Miguel de Tucuman. No verão, como a cidade estava mais vazia, foi possível um churrasco no parque da cidade, para esperar o Papai Noel. De lá, fomos a Cafayate, cidade pequena e graciosa, de vinhos excepcionais como o tradicional e regional Torrontes, branco, de aroma muito frutado, sabor suave e leve. Excepcional !

Visita às bodegas da região e a Quebrada do Rio Las Conchas, completaram o sabor e encheram de alegria o visual. Tafí del Valle, no caminho, com almoço regional de tamales, locro e humitas, produzidas com milho e carnes, fizeram a alegria gastronômica. Cachi, aos pés do nevado de mesmo nome, nos acolheu para dormir após um suave Malbec, na praça da simpática cidadezinha.

No camping, os argentinos jovens em sua maioria, começam a acender as fogueiras para o jantar pelas 21:00h e não dormem antes das 2:00h da madrugada. Ou passam a noite ao redor das fogueiras, conversando e cantando  até adormecerem aos primeiros raios de sol. Agora, em direção a San Antonio de Los Cobres, vamos subir a estrada pelo Nevado de Acay, a 4.900m de altitude. A expectativa quanto ao trajeto e o desempenho do carro nesta altitude, foi superada pelo visual maravilhoso da pré-cordilheira, vales e  picos nevados. A chegada a San Antonio foi triunfante e a curiosa sopa com legumes únicos e um bife de carne de lhama, melhor ainda.

Nos banhamos nas Termas del Rey, ruínas abandonadas, quase no meio do deserto a caminho do enorme Viaduto La Polvorilla, da rota turística  do ¨Tren a Las Nubes¨. Este trem, percorre as montanhas chegando a 4.200m de altitude  desde a cidade de Salta, por 434km (ida e volta) , durante quase 15 horas, atravessando 29 pontes, 21 túneis, 13 viadutos e inúmeros zigzags, sendo o Viaduto La Polvorilla, o mais famoso e bonito de todo o trajeto.

De San Antonio, agora rumo ao Chile, passamos pelo isolado e agreste Passo Sico, de fronteira, para atingir a cidade de San Pedro de Atacama. Pelo caminho, deixamos para traz salares,  picos nevados, guanácos (camelídeos da fauna andina), lebres do deserto, pequenos tatus e flamingos avermelhados e  gulosos  nas inúmeras lagoas por onde passamos, extasiados.

Agora, o tão esperado deserto do Atacama nos dá as boas vindas.  Falar sobre ele, é redundante, pois, podemos encontrar vasto material na internet e nos guias  turísticos. Todas as atrações  da região foram devidamente conhecidas, com destaques para o Salar, os Geigers do El Tatio, o Vale da Morte, o Vale da Lua, as lagunas Miscante e Miñiques e a cidadezinha pitoresca  de San Pedro, onde populam extranhos seres de todo o  mundo em busca de aventuras.

À noite, os restaurantes e bares sem teto, pois, nunca chove por lá, estão lotados de viajantes. Todos ao redor de fogueiras a contar suas peripécias no mais maluco e exótico ambiente. Fantático ! Comida ¨menu¨de primeira. Do Atacama, fomos rumo norte pela Rodovia Panamericana, enfrentar uma região mais desértica ainda, em direção a Iquique,  às margens do Oceano Pacífico, com sua Zona Franca.

O retorno foi pela Rodovia Costeira, margeando o Pacífico, agora entrando na Argentina em direção a Salta, pelo Passo Jama, de fronteira. Salta, La Linda, é uma cidade grande e formosa do noroeste argentino que também dispensa apresentações e onde tivemos merecido descanso de  alguns dias antes de empreender a viagem de volta ao Brasil.

UAIVENTURA, mais uma vez, na Expedição Pachamama.

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